Racionalidade, talvez seja a palavra mais adequada para o momento que estamos passando, em todos os setores de nossa vida; e na odontologia não poderia ser diferente. Não podemos mais conviver com aquela odontologia romântica baseada em experiências pessoais em detrimento a uma atuação mais racional baseada em fatos concreto, embasado em evidências científicas.
A ortodontia está em constante evolução e o que era praticado a 10 anos atrás, já não é uma regra nos dias de hoje. Por exemplo, intervenções precoce nas ciranças, ou em duas fases, somente é aceitável em casos específicos, onde a protelação levará a um prejuízo da dentição. Hoje temos condições de identificar de maneira segura e científica, casos onde será necessário uma intervenção na dentição mista (intervenção precoce), ou poderemos esperar a troca de todos os dentes, sem nenhum prejuízo a criança.
Muitas intervenções precoce, não se sustentam a longo prazo. Entretanto, por pressões mercadológicas, psicológicas ou familiares, ou por convicções pessoais dos profissionais, ainda muito se pratica a correção precoce de muita má oclusão, que poderia esperar para uma época mais propícia, culminando com tratamentos extensos e oneroso, ainda que oferecendo um bom resultado final.
Justamente pelo fato do resultado final ser positivo, igual àquele obtido em apenas uma fase (mais eficiente e barata), que cada um segue o seu “romantismo”.
Logicamente que não podemos deixar de avaliar a criança precocemente, pois existem problemas que devem ser corrigidos o mais cedo possível, como mordida cruzada, hábitos de sucção por exemplo.
Dr Jacir Ribeiro de Freitas
CRO/SC 2640
